terça-feira, 27 de abril de 2010

IndieLisboa 2010

Por voltas das 11 da manhã de ontem, um jornalista inglês, oriundo de Bristol, decidiu dirigir-se ao meu posto de trabalho no São Jorge. Uma das bilheteiras centrais do Indie.
Em primeiro lugar, pediu-me algumas sugestões sobre os filmes e as curtas-metragens.
Em seguida, senti uma grande empatia ao falarmos do jornalismo, de Criquet, e de viagens.
Concordá-mos acerca do mundo jornalístico hoje em dia, e mandamos imensas gargalhadas sobre acasos fascinantes da sua vida jornalística.
Encontrá-mos um brilho nos olhos um no outro, que apesar da diferença de idade, da diferença de línguas, de mundos e de escritas, o brilho era igual. A paixão pelo mundo, pela arte, pelo cinema independente que traz a liberdade de criação cinematográfica, e uma maior amplitude de produção de sentidos, de perspectivas, de olhares, de conhecimentos.
Simon Fry, trouxe-me à vida, com uma conversa que poderia ter sido:

"hello good morning! Can i please get a ticket to the short films nr 6?"
"Certainly sir. the ticket is for today's sessions at 19.30, here in São Jorge, room number 1.
Would like anything else?"
No thank you. Have a nice day"
(e se ele fosse um puro puro inglês diria por fim)
"ta ta" =)

E no entanto foi:

"Hello, could you give some recommendations for today's films?"
"of course! I can see you're a journalist in England. How is it turning out over there?
I'm doing an internship in DN too, just about this avenue... =P"
"Oh really, i'd like to make a story on indie's volunteers, and i think you'd be a perfect direction for my story..would you mind?"
"Not at all Simon. Go ahead, ask whatever comes up to your mind"

E tudo foi correndo tão bem de tal forma, que apareceram mais e mais clientes, e o Simon continuou a fazer uma história sobre uma mera finalista de jornalismo, actual estagiária do Dn, actual voluntária do Indie, que supostamente será publicada na sua revista de uma companhia de aviões, em www.Finnair.com.

Decidiu ir passear à baixa pombalina quando estavam cerca de 30 graus em plena Lisboa, e apenas 5 minutos antes do meu turno terminar, Simon reaparece das ondas de calor que circulavam em Lisboa, e com uma expressão feliz com o festival, com o seu trabalho, e talvez até mesmo a família, quis tirar uma fotografia a mim e à minha colega Sara (colega de bilheteira).

Agradeceu a conversa que tinhamos tido anteriormente, e partilhou a vontade de retornar a Lisboa na altura do DocLisboa.

Acasos, acasos, que nos trazem à vida, e aqui no blog temos pena a quem não lhes dá valor o suficiente. Há mil formas de encarar uma situação como esta, mas só uma de a viver. Inteiramente!

A paixão pelo mundo, pela vida, pelo céu está por toda a parte.
Procurem-na sempre, nunca deixem de suspirar por mais, porque no dia que isso acontecer meus queridos, acabaram de desistir de viver uma vida apaixonante (e isto não significa em ressalto, mas sim intelectualmente e emocionalmente fresca e aberta).

Desejo-vos um óptimo dia 27 de Abril, com 36 graus na Avenida da Liberdade e espero sinceramente que aproveitam o vosso dia como se fosse o último. Pois talvez o amanha, consiga superar ainda, a felicidade e a paixão, do dia de hoje.

sábado, 3 de abril de 2010

O Sonho


"Julgar-se-ia bem mais correctamente um homem por aquilo que ele sonha do que por aquilo que ele pensa"