quarta-feira, 17 de novembro de 2010

o amor no metropolitano lisboeta


Será que alguém notou que Roma ao contrário é Amor?

O princípio da Incerteza


Hoje decidi voltar a escrever.A deixar por escrito tudo aquilo que os meus olhos percorrem, e tudo aquilo que o meu corpo sente ardentemente. Já não há tempo, como dantes, para adiar este escrita cinematográfica, que me escorre da mente até ao papel.
Tudo aquilo que haveria tido sentido, é como que um vestígio do meu eu credor, esperançoso, jovem e ansioso. Sinto agora, mais do que nunca, de que o percurso de todas as peças é incerto. E é essa incerteza no nos move permanentemente.
Sinto o cheiro dessa incerteza cada vez que beijo um homem, olho para um amigo, converso com um familiar. É a incerteza. Ou até mesmo o princípio desta.
Por vezes gosto de pensar que a incerteza tem algum contributo no meu ser. É como que esta me colocasse numa posição, na qual, consigo obter uma nova perspectiva, um novo ângulo, um sentido. Sentido de humor, amor, razão. A incerteza muda o meu estado de espírito, de ser, de parecer "ser". Ela mata-me um pouco todos os dias, pois eu quero ter a certeza de tudo o que sou, estou, pareço.
Quero saber a certeza de um beijo, de um motivo, de um trabalho, de um amor.
Mas a incerteza é o começo de tudo.
Disso, tenho a certeza!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Onde estão os meus amigos?


"Paga-se a saudade com cartão de crédito
Táxi
Leva-me para onde está o meu amor
Táxi
Leva-me para lá de mim
Táxi
Atropela-me os sentidos e a alma para não deixar vestígios"



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Segurança

Começa a ficar tudo meio nebulado, incerto, no entanto ainda consciente.
Sabemos perfeitamente qual a direcção que escolhemos seguir, mas não queremos saber das consequências. principalmente das consequências a longo prazo.
Primeiro esquecemo-nos do aniversário do nosso melhor amigo. Conseguimos superar a situação com desculpas de tempo, trabalho, detalhes.paramos e recompensamos.
Segundo, passamos uma semana inteira à procura de algo, ou até mesmo alguém, que nos faça sentir aquele perfume da vida, aquela paixão platónica que nos rebenta os neurónios, causando um choque permanente no aparelho auditivo...
Mais um dia, passa-nos colado ao corpo uma ira de querer largar tudo, de nos voltarmos para a aquela puta, aquela puta tão pequena e tão grande ao mesmo tempo, que nos promete a eternidade na terra, no céu, na lua ;)
Puta de vida! pensamos quando se entorna a realidade fria sobre nós, sem lustro, brilho ou fantasia.
Triste.. talvez! A verdade é que entre a consciência e a inconsciência, andamos nós a brincar com os slides que a vida nos traz, episódios colados, agrafados, apagados e substituídos, ao longo do passar dos anos.
Mas aquela puta continua perto, com uma voz bem fininha no nosso ouvido, essa puta tão bem disfarçada, que ninguém lhe conotaria como putaria...
E ai de que lhe acertar com pontaria, pode ser que se arrependa com a vida, tão curta e tão bela, que não merece estar rodeada de cabrões e de putas, à volta do puro sabor de viver.
Com tantas palavras por escrever, vamos fazer essa puta deixar-se ver.. lentamente, com o tempo e a erosão, que lhe darão características tão deselegantes, desinteressantes aos que mais amam a vida, e o que esta nos trás, com o decorrer das estações do ano.


terça-feira, 28 de setembro de 2010

"Thirteen"


"She was crippled.
But only her body was cracked.
It's not simple.
Nor is it an easy matter to explain.
"So, let's just leave it at that", she says.
And closes the holy book of lies.
She covers her eyes, denying to herself what she thought happened"

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Liberdade

Será que algum dia será possível chegar a um simples supermercado e pedir a poção da liberdade?
Será que haverá um conjunto de farmacêuticos que a saibam criar sem contra indicações e sem pressões do Estado sobre o químico, e esta poderá revolucionar a vida de todos os que estão presos a algo por um motivo mais forte, que o amor-próprio?
Corro o risco de soar egoísta, no entanto consigo por momentos, imaginar um mundo em que as pessoas são livres de obstáculos, de obrigações e compromissos inadiáveis, e que através da liberdade que lhes é concebida, seguem somente o rumo que lhes indica o coração, os olhos, o peito.
É uma utopia bem sei. Mas todos vivemos de alguma dose diária de utopias.
Ser belo, ser alto, ser grande, se extraordinário, ser de bem, ser tudo e nada ao mesmo tempo.
Andamos todos a fazer por viver os nossos sonhos, e os sonhos dos outros. Mas não conseguimos viver em conformidade com tantas outras coisas.
Estes dilemas, estas máximas que impomos, por vezes, conseguem quebrar o espíritos dos mais fracos (psicologicamente escrevendo).
Por vezes conseguem até, se impostas cedo demais, destruir as mais puras teias sonhadoras de um jovem que não tem meios para atingir os seus fins...
Depois de certa forma, entramos num patamar da vida que gostamos de viver a saudade, de viver o passado feliz, jovem e dinâmico de outrora.
No entanto, não temos que ser o reflexo dos nossos pais, de viver os sonhos dos outros, de viver de compromissos inadiáveis, de sermos o que todos esperam de nós.
Podemos optar por seguir caminhos diferentes, junto da família que escolhemos, e junto dos que nos inspiram a sermos nós próprios todos os dias, e que saibamos sempre canalizar a nossa paixão, o nosso mundo, para quem estiver aberta a senti-la, porque a vida é tão curta, que perdermos tempo a canalizar energia para paredes sem vida, para jardins secos, quadros mortos, acabaremos por perder o melhor da vida... a Liberdade de Escolha.
A nossa paixão é a Liberdade, e a tua?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Trials of Life

Passarem anos desde o dia que tracei uma linha no chão, e que jurei a minha mesma segui-la até ao fim da minha motivação. Há alturas que temos que traçar um percurso, mesmo que por outras circunstâncias exteriores ele possa modificar, e juramos a nós próprio terminá-lo, nem que nos custe parte da vida, da personalidade, do ritmo, do sonho.
Um dos percursos terminou, e pensava eu que fosse o mais difícil.
Engano-me quando penso que foi o mais difícil, pois virão forças exteriores muito mais agressivas que esta, e me dirão mil vezes que não posso, que não devo, que não tenho idade, que não tenho tempo.
Parece-me por vezes que com apenas 22 anos, já não tenho tempo para viver, para descobrir, para sonhar. Não é que seja ingrata, ou que tenha cordas nos meus pulsos, mas sinto chegar à distância, um ruir de problemas, de obstáculos, de percalços instáveis.
Instabilidade: para mim sinónimo de insegurança, de falta de dinheiro, falta de bases amorosas, falta de certezas, de rédeas.
Como tudo pode ser sarcasticamente irónico!
No pano de fundo da vida resto-nos apenas imaginar o nosso futuro, e que a tela do nosso percurso seja colorida o suficiente, para que após termos partido, possa ser vista por gerações e gerações na família, nos amigos, na arte individual de cada um.
O percurso de cada um, na minha perspectiva, é medido pela honestidade a franqueza dos seus actos. E cada um pode ser o que quiser, e fazer o que quiser, desde que procure a verdade e a sensatez nas palavras, nos gestos, nas intenções.
Tudo o resto são cinzas, que fertilizam a terra que será a base dos nossos filhos e netos.
O sentido não existe se perseguido, acontece.
A paixão do dia de hoje é discreta, e no entanto nada menos subtil que um raio de sol, num dia de vento.