segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Exercício de Compatibilidades

Nós não somos compatíveis!
Desculpa-me sinceramente, mas acho que ao longo dos anos descobri que não temos nada em comum, e que um das causas mais fortes é teres um pé menor que o meu.
Seres mais baixo que eu nunca me incomodou, até sentir a falta de garra nas tuas mãos, para me protegerem contra o mal.
No fundo, sempre soube a tua falta de pertença, de presença, de amor. Quis sentir que era tua, mas enfim, cá entre os meus botons, só a minha intuição feminina me compreende.
São linhas complexas e infindáveis, de incompatibilidades contigo, que encontro espalhadas por mim.
O tempo corre e sinto-o bem presente, persistente.
Já não debato contra isso, e contra os nossos fracos exercícios de compatibilidade.
Quero coisas boas, leves e com sabor. Chega de discórdias, desgostos, dissabores. Quero viver de acordo, com o que o meu coração sente e a minha intuição me indica. E os teus pés, não me pertecem, como os meus olhos e o meu sorriso. Deixei-te ao sabor do vento, para que possas ver o mundo como eu. E que talvez, um dia, te ocorra a minha consciência e o estar pacífico e ternurento, da minha presença.
Desejo paixão, com respeito. Quero amor com distinção. Quero felicidade e mil sensações.
Sinto por nós, mas ainda mais por ti. Pois não me sinto perdida, nem que isto é o fim.
Deixo os anos passar e ganho-os em vida, em experiência e maturidade.
Sou uma mulher cheia de sorte, não uma mulher com sorte.

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