segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ao Daniel

Não percebo porque é que às vezes, as melhores pessoas, as mais gentis, mais meigas, até mesmo as mais felizes, nos têm que deixar.
Não sei, nem entendo porquê, estou farta de pensar nisso desde que a Inês me falou do Daniel.
Gostava de entrar na cabeçinha dos outros, e saber formas de provocar felicidade espontânea no outros, para que não houvesse desgraças deste género.
Porque é que a morte tem este poder de separar o que foi, do que o que será?
Porque e que nós, humanos, já não conseguimos ler as entrelinhas da vida dos que morreram?
Não gosto de saber que a morte é tão definitiva, e que pode mudar todo o curso de uma vida, uma família, um amor...
O amor não chega por vezes. O trabalho não sustenta, e a amizade não estende. Procuramos nos caminhos todos os dias, mas esquecemo-nos por vezes que apesar da nova adaptação, da nova mudança que pretendemos, que devemos buscar a alegria, a felicidade, o ar puro. Não o caminho mais escuro e perturbante, que nos levará para as drogas, o álcool, os pesadelos, ao arrependimento, à morte (espiritual).
Daniel, estejas onde estiveres, quero que saibas que a tua luz entrou dentro de mim, e espero poder levá-la todos os dias para o trabalho, para a rua, como tu. Espero que todos as dúvidas que tirei contigo, me levem a um bom caminho, e ainda desejo que sejas muito feliz. Obrigada pelo tempo, o carisma, a paciência e especialmente o teu sentido de humor. O trabalho não é tudo, mas ensinas-te-me a cuidar do que é nosso, e a procurar a verdade em todos os ângulos. Haverá poucos como tu no meu caminho.
Espero que me oiças baixinho, e que dances até ao fim dos dias, até reencontrares a tua família.
Escrever no meu blog pode ser pouco, mas como a escrita foi sempre tudo para ti, vai um pouco do melhor de mim, para ti meu caro, amigo.

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