segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

#quotes




"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver."

No greater love than what I feel for you

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Slides à luz da lua

Hoje o dia correu bem. Estudos a andar de acordo com o previsto. Nível de interesse, surpreendentemente elevado. Boa disposição comigo, com os outros. Conversa saudável com a mãe e manas. Tudo aparentemente a seguir o seu rumo. 
Quando entretanto me ocorreu, que estou a seguir a vida dos meus queridos através de fotografias, e vozes por entre meios electrónicos e tão pouco pessoais. Mas que ajudam tanto a esconder a ausência da genuinidade das pessoas que tenho apreço. 
Hoje pensei, que se a minha vida for uma vida pelo mundo, que a única forma de estar presente, é manter a memória bem viva, e criar os melhores momentos no pouco tempo que a vida me proporcionar com os que mais bem quero. 
A música sempre me ajudou incondicionalmente, de formas que poucos entendem inteiramente. As corridas pelo bairro onde vivo, a ouvir música electrónica alemã, belga, portuguesa, ajudam na corrida contra o tempo e a distância. 
Às vezes não sei porque é que a vida através de imagens será tão má assim... Antes escreviam-se cartas escritas à mão, com fotografias verdadeiras (não havia cá impressos) e às vezes até cartas perfumadas, ou cd's gravados com dedicatórias. 
Não posso reclamar desta era. Acho maravilhoso poder andar na rua enquanto neva, e falar no Skype com a minha mãe, e através da imagem, quase que fazê-la sentir a neve cair por entre os seus dedos. 
Adoro poder falar com quem se lembra de mim, e com quem faz questão que a distância não seja um motivo de desconexão. 
Preferia tantas vezes no entanto, que já tivessem inventado um aparelho que nos transportasse de um momento para o outro, para perto daqueles que mais precisamos. Mas se assim fosse, ninguém dava valor a ninguém, talvez. E se assim fosse, os esforços que as pessoas fazem para se ligarem não seriam especiais. Seriam tão recorrentes como acordar de manhã e lavar os dentes, ou escovar o cabelo. Mas nada disto importa, porque ainda não apareceu um geniozinho que solvesse o problema. 
O que quero dizer, é que sinto falta de quem sente a minha falta, por mais silenciosa a falta que possa ser. E que por meios electrónicos, ou espirituais, espero poder transmitir a força que todos vocês me transmitem à distância, por entre esta melancolia que por vezes me cerca. 
E quando der por mim, um dia, vou sentir falta de estar aqui a fazer o que estou a fazer, e sentir falta de sentir a vossa falta. E espero que aí, tenha valido bem a pena, não ver o pôr do sol na marginal, ir jantar com o avô as 19:30, ir passear a Lisboa com o pai, comer um bom peixinho com a mãe, fazer qualquer parvoeira com o meu irmão, ouvir Amy Winehouse com a minha prima Sofia, ou até mesmo dançar com os meus amigos na praia ao som da rádio oxigénio.
São os momentos que nos preenchem, mas é o dia-a-dia que nos constrói o carácter. Por isso meus queridos, desejo-vos o melhor neste percurso. E espero ver-vos bem na altura certa, com a mesma vontade de vos abraçar, que tenho neste momento. 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

# episódios de ternura


Fazem quase 6 meses desde que estou em Londres. Parece que o tempo passa a correr quando as coisas são tão boas, tão inesperadas.
Há quase 6 meses, que cresci mais um bocadinho, e descobri coisas acerca de de mim, e dos outros, que maioritariamente me fazem muito feliz.
Desde que o ano começou, que fiz uma viagem por Cornwall, a região mais maravilhosa que conheci em Inglaterra. Repleta de paisagens entre o mar, o campo, e a simpatia inglesas. Conheci um pouco mais profundamente este país, que possui umas das culturas mais antigas do mundo, e que é respeitado em quase todos os aspectos, sentidos, e formas, através do mundo inteiro.
Conheci também 3 amigos que viajaram comigo, de uma forma única e autêntica, e que me ensinaram muito sobre as suas culturas, os horizontes e limites das suas culturas, e o significado da amizade, que não vê cor, dinheiro, raça, ou desejo. Apenas surge naturalmente, pelo meio de incensáveis episódios de ternura, e cumplicidade.
Não precisamos de muitas palavras, quando passamos uma noite inteira sem Internet, no meio de Padstow (uma terra única), a escrever uma canção entre histórias de vidas marcantes, como as nossas, que nos trouxeram tanta felicidade.
O valor das coisas não muda, quando as pessoas têm princípios e maneiras próprias, quando entendem o que é ser bom, ser puro, ser genuíno.
Após quase 6 meses em Londres, tenho muitos episódios de ternura, e muitos mais, espero, para vos contar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Melancolia

Após meses retorno, ao que penso ser o meu esconderijo tão pouco regrado.
Parece-me que depois da tua ausência, voaram-me as palavras, desordenaram-se os meus pensamentos, sentimentos, talentos.
Procurei tantas vezes, em pensamento, escrever tudo o que estava no meu peito, mas a idade não mo permitiu acertadamente. Ainda há coisas, que não domino. Ainda há tantas coisas, que me atordoam o coração, a razão.
Às vezes, fico a reflectir tantas vezes sobre as coisas que vou ganhar e perder nesta vida, que perco a noção do tempo, a noção de espaço e da realidade.
Procuro sempre ter os pés no chão, embora o meu signo me eleve a um estado entre o sono e o sonho, inebriante e suave ao mesmo tempo.
Há dias porém, que procuro esquecer que te conheci, que te abracei e te beijei, que te contei histórias que só tu sabes, e que partilhei palavras e sentimentos, que só tu entendes, e que com a tua ausência, se foram essas histórias, esses momentos, esses passa(tempos).
Encho-me de fúrias contra o mundo, e quero que exista toda outra lógica e sequência nas causas e acontecimentos que fazem girar o mundo, a razão, a nossa existência.
Quero te tanto ter aqui, que abdicava dos meus vícios, hábitos, teimosias, fantasias... Mas o tempo não volta atrás e fere que sonha por vezes. Há que lembrar apenas o que uniu, e esquecer as nossas divergências, que por vezes eram tantas, que desejava que nem estivesses aqui. E agora, quando penso que tais coisas me passaram pela cabeça, fico sem rumo, e aprendo através da perda, a vida. O significado, desta vida que é nossa, e que ninguém nos tira.
Queria que esta melancolia, desaparecesse num instante, e te tivesse perto de mim, com essas mãos tão suaves e cheirosas, após longos anos de trabalho e de vida.
Não quero mais pensar, mas por vezes sinto que me faz bem relembrar-te, homenagear-te, acariciar-te com palavras tão puras e duras, quanto o meu coração imaturo.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Nicolau e Ana Margarida


Hoje é o aniversário do meu avô. Nicolau Ananíades. Ele faz 92 anos, e continua a ser uma das pessoas que mais gosto de ter por perto. Faz me rir com a sua teimosia por vezes, faz me chorar pela educação que teve entre senhores e senhoras, em Lourenço Marques, numa altura em que teve que batalhar por uma vida melhor. 
Foi amado durante 53 anos, pela minha avó, Ana Margarida Visenjou, que nos deixou há menos de um mês, e já nos faz uma falta danada. Se ela estivesse cá, trazia no peito a maior inocência e a maior felicidade, com aquele seu jeito tão ternurento de ter a sua família reunida, em mais uma da celebrações tão doces, e africanas que temos. 
Os anos continuam a passar e aprendemos que o presente, é a nossa maior dádiva. Não há nada mais necessário que vivermos no presente, e se o tempo passar por nós, não nos arrependermos tanto pelo que não foi feito. Agirmos sim, de acordo com o tempo que temos, e as possibilidades que temos, no nosso dia-a-dia. 
Avó eu sei que querias tanto ter ido ao Maputo, ao Bilene, ao Clube Ferroviário e tanta coisa da tua terra linda, embora a tua condição cardíaca não to tenha permitido. Eu sei que viajas-te várias vezes pelo Guincho, e por Sintra, pensando em formas de seguir o mar até ao Índico, até sentires o teu mar na tua pele. 
Eu sei que viajaste através das tuas filhas, e das tuas queridas netas e neto, que percorreram lugares que nunca chegaste a conhecer…
Desejo que estejas feliz, estejas onde estiveres, e espero que tomes sempre conta de mim, das tuas filhas, e netos, e marido, como sempre tomas-te. Quero que um dia sintas orgulho do que construirei com persistência, e tenho muita pena, que nunca chegues a conhecer o meu marido, ou os meus filhos. 
Quero sempre ter no coração, a paz e a esperança que carregas-te ao longo da vida. E não quero nunca, desacreditar, que terei uma família tão linda como a tua. Pois para mim, sempre foi a nossa maior riqueza. E tudo o resto, nunca será demais, para compensar a tua ausência. 
Hoje o meu avô faz 93 anos, de vida, de amor, de esperança, e de tristeza. Hoje o meu avô celebra anos da minha família, onde é um homem respeitado e acariciado, sem quaisquer dúvidas. Ele tem poucos amigos vivos, mas os que tem, ligaram lhe de certeza às 8:30 da manhã, a desejar-lhe um dia feliz e mataram saudades dos velhos, velhos tempos.
Hoje eu quero é ser feliz, e embora noutra cidade, noutra luta, noutro mundo, o meu coração só quer dar um abraço ao meu doce avô que é o homem mais bonito que eu alguma vez já conheci.

sábado, 10 de setembro de 2011

I don't know know what is it about layers, but i find layers everywhere.
I thought it over dinner last night. And today it came to my mind, the darkest layers that every one has, the deepest no one sees, some women sense, but they can't understand them.
Layers on love, on betrayal, on faithfulness, on social behavior, on personal behavior...
I feel intriged in all these layers, and tagled by all of them, til I can't breath anymore.
I don't know what it is about layers, but I guess they lie everywhere. And sometimes, I wish I were a kid, so that layers would only lie on food, on Lego, or any other funny structure we can find.
Zoodiac signs show their layers in different ways too, and in times of desperation, everyone shows their deepest fears, their deepest dispairs, their deepest posessions.
I find myself in between thousands of layers: social, cultural, economical, humoristical, parental, educational, and so on.
But I don't quite seem to change my layers, they seem to follow me everywhere I go. And no matter what happens, layers, are a part of me, a part of what I am to me or to others.
Safety is a matter of how you hide in between your layers, love, is a matter of how you play in between yours and other people's layers, and lust, is only lust!
Layers, dreams, colors. Layers, ambitions, and music.
Layers. Layers. Layers.
Today I just thought about layers.