quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Piotr Anderszewski


Piotr, Piotr, Piotr...
Há tanto para dizer por detrás deste senhor, deste artista.
Ainda há tão poucos dias, cruzava o meu dia-a-da com um dos pianistas clássicos mais respeitados pelo mundo, sem saber o todo de sua obra... sem saber ou conhecer...
De certa forma no início, pensei que se tratava de um louco, de uma daquelas pessoas que viaja pelo mundo, que por sendo solitária e genial ao mesmo tempo, pensa que pode encher a cabeça de todos os que o rodeiam, sem a mínima sensação de conveniência.
No entanto, tudo ficou mais denso, mais profundo.
Nunca ninguém diria, que um génio deste calibre, tivesse não só uma casa no Príncipe Real (Lisboa), como também conhece disciplinadamente o sabor da nossa terra, do nosso vinho, do nosso mar, quase tão perfeitamente como qualquer português.
Surpreendente.
Um dia perguntei-lhe, em conversa, qual era a sua máxima de vida. Anderszewski responde apenas que é pianista por um acaso, que o único sentido de toda a sua vida, é degustar a comida por todo o mundo onde passa, e deixar-se levar ocasionalmente pelo som da música clássica e do fado.
Um pianista polaco, que vive entre Paris e Lisboa, consegue trazer uma caixa de surpresas por todo o lado onde vá. Até hoje, das pessoas mais fascinantes e humildes que conheci.
Não quero, de maneira alguma, esquecer o concerto que ele deu no Auditório Boa Nova, em São João, no seguimento do Estoril Film Festival 2010.
Aqui, fica a nossa paixão por Piotr Anderszewski e pela música que ele espalha, continuamente, pelo mundo inteiro.

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